As Interpretações do Texto Bíblico. Numerosos pesquisadores concordam que existe uma significativa confusão linguística em certos pontos de vista contemporâneos; estaríamos equivocados se afirmássemos que também existe alguma confusão de conceitos? Certamente, essas perspectivas divergem da fé histórica em várias áreas, além de terem a capacidade de desorientar completamente muitos indivíduos.
O eminente mestre Rypon de Durham afirma que “a compreensão das Escrituras Sagradas não deve ser limitada apenas ao seu significado literal ou gramatical, mas também ao seu significado místico ou moral”. Stephen Langton afirma que “Jerusalém pode ter quatro significados: a localização no vale do Gedrom, na Palestina (ou seja, o local literal e histórico), alegoricamente a Igreja Militante, alegóricamente a Igreja Vitoriosa e tropologicamente a alma leal”.
O ensino do Espírito Santo.
A história da teologia se justifica por conter expressões do ministério de ensino do Espírito Santo. O autor apresenta três motivos pelos quais o intérprete deve prestar atenção à história da teologia: (a) o Espírito Santo é o guia da Igreja; (b) a Igreja atual é a herdeira de toda a vasta sabedoria do passado; (c) as crises teológicas e eclesiásticas estimulam as pessoas a refletirem de maneira mais profunda do que fariam em situações comuns.
Palavra de Deus aos homens
Durante seu ministério, o Senhor transmitiu a Palavra de Deus aos homens, garantindo que esse ministério seria continuado, através da intervenção do Espírito Santo, e a era apostólica presenciou a realização dessa promessa, conforme os escritos cristãos se desenvolveram, atendendo às demandas das novas igrejas. Então surgiu a era patrística, na qual o cristianismo se consolidou.
Em conflitos doutrinários dessa época, a invocação da autoridade da Bíblia era suficiente; e durante a extensa era medieval, mesmo que a Bíblia não estivesse acessível ao público em geral, observamos que os frades selecionavam e divulgavam seus textos com cautela.
Interpretações do Texto Bíblico das Escrituras Canônicas
“Os guias para pregadores enfatizam: o texto deve ser selecionado a partir das Escrituras canônicas autênticas. Nenhuma palavra deve ser adicionada, nenhum tempo verbal ou número deve ser alterado, nem se deve empregar uma tradução imprópria”. Era habitual a alegorização dos textos bíblicos.
Interpretações Diversas.
As diversas interpretações frequentemente se tornaram descontroladas, contudo, a Bíblia sempre foi reconhecida como a revelação de Deus. A Igreja Medieval apresentava diversas falhas, algumas delas evidentes, contudo, mesmo com a Bíblia sendo sobrecarregada com as interpretações da Igreja, ela sempre foi vista como a Palavra Divina.
Além da revelação divina, é necessário adicionar a iluminação que caracteriza aqueles que aceitam a Palavra de Deus através da fé.
Espírito de Deus na Interpretações do Texto Bíblico.
A manifestação objetiva de Deus deve ser complementada por um trabalho interior do Espírito Santo, resultando assim na vivência da iluminação. O ser humano comum é alheio a essa vivência, conforme Paulo declara explicitamente: “Aquele que não possui o Espírito não aceita as coisas que provêm do Espírito de Deus, pois lhe parecem loucura; e não consegue compreendê-las, pois são entendidas espiritualmente” (ICo 2.14).
Então, poderíamos questionar quando a revelação divina foi concluída? Ou ainda persiste como nos tempos bíblicos? O NT é o principal registro dos acontecimentos relacionados à suprema manifestação de Deus por meio de seu Filho Jesus Cristo.
A redenção do mundo.
A redenção do mundo é realizada por meio do sacrifício de Cristo, por isso o testemunho apostólico é a conclusão da revelação objetiva. “Solicitar mais do que isso é entender de maneira errônea toda a filosofia da revelação especial.” O conhecimento da redenção divina está associado à revelação especial. Quando a redenção alcança seu ápice, a revelação especial também alcança seu ápice. Ao término dos acontecimentos da redenção, ocorre o término da revelação especial. Portanto, o testemunho dos apóstolos sobre Jesus Cristo, o ápice da redenção e da revelação especial, que representa o término da revelação, e a autoridade delegada do Senhor Jesus está no Novo Testamento, escrito pelos apóstolos.
Conclusão.
Isso demonstra claramente a nossa convicção sobre a verdade da revelação de Deus. Quando a necessidade de uma revelação especial cessou, a revelação alcançou sua totalidade.
Um grande abraço a todos!